segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Igreja anglicana abençoa oratório de padroeiros dos gays em MS

Reverendo Carlos Calvani, na missa deste
domingo (Foto: Aliny Mary Dias/G1MS)
Com um cartaz com o versículo bíblico “Deus não discrimina ninguém”, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil fez a primeira missa com as imagens dos santos São Sérgio e São Basco, considerados padroeiros dos homossexuais. A celebração foi neste domingo (9), na Capela da Inclusão, no bairro Tiradentes, em Campo Grande.
O líder da igreja, o reverendo Carlos Eduardo Calvani, disse pouco antes da missa, que toda a diversidade será bem vinda ao templo. “A igreja precisa difundir o direito de rezar sem ser discriminado. Não somos só uma igreja de gays, mas uma família.  Não julgamos ninguém e acolhemos a todos”.


O oratório é um pequeno quadro que foi feito por um artista plástico do Rio de Janeiro e encomendado por uma pessoa dos Estados Unidos. Quando os norte-americanos souberam do trabalho de inclusão de homoafetivos, realizado em Campo Grande, eles resolveram doar o oratório.
Alex Lima, de 25 anos, e Renato da Silva, de 30 anos, frequentam a igreja e contam que a casa própria e a adoção da filha de quatro meses foram algumas das graças alcançadas pelo casal. “Para nós é uma conquista, pois mostra que, desde antigamente, os homossexuais eram respeitados”, disse Silva.

Alex e Renato dizem que oratório é uma conquista
(Foto: Aliny Mary Dias/G1MS)
A celebração durou cerca de uma hora e teve cânticos e leitura de textos bíblicos. O momento mais esperado, pelos cerca de 20 fiéis que estavam presentes, era a apresentação das imagens dos santos São Sérgio e São Basco, que agora fazem parte da capela.
Para o funcionário público Anísio de Almeida, a capela é um exemplo da convivência com respeito entre todos os tipos de diferenças. “Cada um tem o direito de amar quem quiser. Deus amou a todos, então temos que amar sempre, sem nenhum tipo de discriminação”.
Os santos
Segundo a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Sérgio e Baco eram militares e formavam um casal quando se converteram ao cristianismo no século III. Permaneceram vivendo em união estável até serem denunciados e perseguidos pelo imperador Maximiano, que mandou torturá-los e condená-los à morte.

Fonte: G1



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